Para uns apenas um dia mau do campeão angolano, para outros a prova provada da superioridade do adversário, o Zamalek do Egipto. A verdade é que o Petro de Luanda nunca chegou sequer a ameaçar a vitória da equipa egípcia, prova disso o resultado final altamente desnivelado (71-89).
Os tricolores já perdiam ao intervalo (39-55), numa partida em que nada funcionou na equipa de José Neto. Diante de um adversário que se mostrou mais forte em todos os aspectos, particularmente em termos defensivos, o representante angolano não teve qualquer hipótese, registando a mais pobre safra na linha dos três pontos (7/27), sector onde tem-se destacado.
O Zamalek não deu a mínima hipótese ao Petro de Luanda, condicionado pela pressão adversária e também por alguma falta de frescura física em alguma das suas unidades. Como Child Dundão, Carlos Morais, Gerson Lukeny e Leonel Paulo, incapazes de acompanhar a passada dos jogadores egípcios que sempre que foram para o «box to box», não tiveram qualquer oposição.
Nem mesmo na zona pintada, onde Jone Pedro habituou a exibições de encher o olho, foi possível colher frutos. O MVP bem tentou levar a água ao seu moinho (melhor ressaltador da partida, com 9 bolas capturadas), mas não pode contar com os desinspirados Valdelício Joaquim e Ryan Richards, que soçobraram perante as torres egípcias.
Do lado dos faraós, o americano Walker Hodge partiu a loiça… Eleito MVP da partida, Hodge marcou praticamente tudo o que atirou para o cesto (19 pontos) e ainda foi responsável por 10 assistências. Pela equipa angolana, que deverá disputar o último lugar do podium, foi Carlos Morais quem mais marcou (18 p), sem contudo conseguir galvanizar a equipa rumo a tão desejada vitória.
No final do jogo, o coach José Neto assumiu que as coisas não correram nada bem para o Petro de Luanda, ao contrário da equipa egípcia que dominou o jogo do princípio ao fim. A derrota do campeão angolano não só ditou o afastamento da final, como deitou por terra o sonho de erguer o primeiro trofeu da competição, conforme pretensão do clube do “eixo-viário”.