Por Ricardo Stabolito, do Jump Brasil*
Fonte: Jump Brasil
Jrue Holiday viveu a experiência completa de Kevin Durant como jogador de basket nos últimos três meses: foi o responsável por defendê-lo numa série sete jogos de play-offs e, de seguida, actuou ao seu lado para ganhar medalha de ouro olímpica. Dos dois lados da história, o base dos Bucks viu nada menos do que um génio em acção e afirma que a experiência de ver o craque de perto por tanto tempo foi reveladora.
“Kevin é fora de realidade. Faz o jogo parecer tão fácil e nada pode abalá-lo na quadra. Ele é muito alto e os adversários, na verdade, soam ser só cones que dribla no caminho até a cesta. É como se tudo fosse encarado como um enorme treinamento por ele. Esse é o basket para Kevin. É simplesmente incrível de assistir de perto”, descreveu o veterano, em entrevista ao podcast do veterano lançador J.J. Redick.
Um elogio vindo de Holiday é um grande cumprimento nos bastidores da liga, entre os próprios jogadores. O atleta do Milwaukee Bucks é apontado por vários astros como o melhor defensor da NBA e já foi saudado, inclusive, pelo próprio Durant pelo trabalho defensivo contra si mesmo com grande desvantagem de altura. O campeão da NBA encara o desafio de marcar o extremo dos Nets como algo que vai além da técnica e físico.
“Marcar Kevin é mentalmente exaustivo. É bem cansativo, pois você sente estar fazendo tudo o que pode para impedi-lo e, mesmo assim, nada funciona. Pode parecer estranho, mas eu diria que enfrentá-lo é vê-lo penetrar na sua mente a cada jogada, aos poucos, porque ele simplesmente não para. Não dá para pará-lo”, desabafou o jogador de 31 anos, que teve passagens anteriores por Philadelphia 76ers e New Orleans Pelicans.
Durant foi líder da selecção norte-americana nos Jogos Olímpicos de Tóquio, levando a quarta medalha de ouro consecutiva para os EUA. Tê-lo como companheiro de equipa foi, certamente, uma experiência muito mais agradável e tranquilizante, certamente, do que ser um dos marcadores de um craque que anotou 35.4 pontos, 10.6 ressaltos e 5.4 assistências nos Brooklyn Nets, na série de sete jogos contra o Bucks.
“Fisicamente, eu estava lesionado. Dorido. Mas, àquela altura do campeonato, todos os jogadores estão. Era visível que Kevin estava exausto na sétima partida. As duas equipas deixaram tudo o que tinham em campo e, depois daquela classificação dramática, acho que nós tivemos a certeza de que nosso título estava escrito para acontecer”, concluiu Holiday, exaltando o desafio imposto pelos nova-iorquinos nos playoffs.